Foi convocada para esta quarta-feira, último dia de maio, mais uma reunião de negociação do acordo coletivo de trabalho. A reunião acontece por solicitação dos sindicatos que articularam através da Alesc mais um momento de negociação para essa semana.
Além da proposta não conceder aumento real nos salários, estão ausentes da resposta do governo os itens como a regularização da jornada de trabalho das trabalhadoras e trabalhadores barreiristas da CIDASC, a insalubridade e a jornada dos servidores do Porto de São Francisco do Sul e, principalmente, a equiparação do vale refeição dos servidores das empresas ligada a SAR à média paga pelo estado às demais empresas da administração pública estadual (o Vale Refeição das empresas da agricultura são os piores pagos pelo estado no comparativo a outras categorias de empregados públicos).
Na semana passada uma reunião foi mediada pela Assembleia Legislativa entre o então Secretário Executivo do Grupo Gestor de Governo e as entidades sindicais representantes da categoria. Como resultado da mediação foi acertada uma reunião entre a SAR, representantes das direções da empresas públicas e os sindicatos com intuito de tentar melhorar a proposta de acordo coletivo indicado pela secretaria. Embora tenha sido esse o encaminhamento, a SAR emitiu posição na sexta feira sobre o ACT sem considerar os pedidos da categoria e solicitando a apreciação das diretrizes de negociação (fato que já foi refutado por não se tratar de proposta) por parte da assembleia geral dos trabalhadores, sem considerar o encaminhado na reunião na ALESC. Os sindicato então oficiaram a secretaria solicitando nova oportunidade de negociação, o que deve ocorrer na tarde desta quarta-feira.
Para os representantes sindicais a atitude intransigente por parte do governo é desnecessária, pois as propostas vêm de encontro a práticas já em operação, como o caso das jornadas de trabalho e as propostas econômicas dizem respeito à política de valorização dos salários também em curso para as demais áreas da economia catarinense a exemplo do salário mínimo regional e reajuste já concedido a outras áreas da administração pública.
A mobilização da categoria é o que vem garantindo a possibilidade de negociações, já que por parte do governo as demonstrações contrárias se revelam através da resolução 007/2023 do GGG que congelou salário dos servidores até maio do ano que vem e a proposta apresentada pela SAR que desconsidera os principais pedidos feitos por servidores e servidoras das empresas públicas da agricultura.