A CUT, demais centrais e confederações do comércio realizam na sexta-feira (3), às 10h, um ato em frente à sede das Lojas Americanas, na Cinelândia, centro do Rio de Janeiro, em defesa de milhares de postos de trabalho que podem ser fechados após rombo da varejista vir à tona.
Além da CUT, participam do ato a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio e Serviço (Contracs-CUT), a Confederação Nacional dos Trabalhadores no Comércio (CNTC), a UGT, a CTB, a Força, a CSB e a NCST.
O rombo de R$ 43 bilhões acobertado pelos executivos da empresa Jorge Paulo Lemann, Beto Sicupira e Marcel Telles, que estão nas primeiras colocações do ranking dos 62 bilionários do Brasil, criou pânico no mercado financeiro e entre os mais de 44 mil trabalhadores e trabalhadoras do grupo.
A crise bilionária não pode causar prejuízo para os trabalhadores e suas famílias e fornecedores, que também possuem funcionários que estão na eminência de serem demitidos, entendem os sindicalistas, que nesta segunda-feira (30), alertaram o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, quanto ao risco de demissões em massa nas Americanas.
“É preciso muita sensibilidade. O problema dos bancos (credores) não pode ser maior do que os problemas relacionados ao tema trabalho e emprego”, afirmou Marinho ao defender que a solução deve preservar a continuidade da atividade econômica das Lojas Americanas, independentemente de quem seja o seu controlador.
O presidente da Contracs-CUT, Julimar Roberto, afirma que esta é uma luta conjunta para que os responsáveis pela crise sejam responsabilizados. “O que as entidades sindicais defendem é que aqueles — empresários — que fizeram o rombo sejam obrigados a pagar todos os encargos financeiros ao conjunto dos trabalhadores”.
O presidente da CUT-Rio, Sandro Cezar, acredita que o governo tem que intervir nessa situação. “Mais uma vez os empresários que gostam de fazer investimento no mercado financeiro jogaram com a Bolsa. Dias antes de se tornar pública a fraude que coloca em risco milhares de empregos, retiraram os negócios das Americanas”, afirma.
Sandro relembra que esses são os mesmos empresários que queriam participar da privatização dos Correios e de outras empresas públicas brasileiras. “Esse é um exemplo de que o setor privado não é exatamente como dizem por aí, que funciona muito bem. Pelo contrário, tem muitos problemas, inclusive especulam com o dinheiro dos trabalhadores e trabalhadoras”, conclui.
A Contracs-CUT, a CUT, a UGT, a CTB, a Força, a CSB, a NCST e a CNTC, já entraram na Justiça para que os direitos trabalhistas sejam respeitados.
foto: CUT-RJ
fonte: CUT