Morreu na manhã desta quinta-feira (3) a adolescente Luana Rafaela Oliveira Barcelos, de 12 anos, que foi baleada em Belo Horizonte (MG) por um apoiador do presidente derrotado Jair Bolsonaro (PL) no dia do 2º turno da eleição, domingo (30), quando as urnas deram a vitória ao ex-presidente Lula (PT).

Luana estava internada no Hospital João XXIII desde que foi atingida pelos disparos de um bolsonarista inconformado com o resultado da eleição para presidente da República. A morte de Luana foi confirmada por Paula Adriane Barcelos Nunes, tia da adolescente. “A morte foi agora na parte da manhã. Só Jesus para consolar nossos corações porque não está fácil. É muito difícil. Muito triste tudo isso que aconteceu”, disse. 

O crime aconteceu no bairro de Nova Cintra, na região Oeste de Belo Horizonte. Segundo relato de testemunhas, o jovem Pedro Henrique Dias Soares, sua mãe e uma prima, após o resultado das eleições, abriram o portão de casa, localizada próxima a um bar, e foram para a rua comemorar. Eles não estavam vestidos com camisas que faziam alusão política.

Logo em seguida surgiu um homem, que usava touca ninja. Ele se aproximou e pediu que os três deitassem no chão. Apesar da família ter atendido ao pedido, o homem disse: “Vou atirar mesmo assim”. Em seguida, abriu fogo e seguiu em direção a um bar, na avenida Tereza Cristina, onde atirou contra duas jovens, de 16 e 17 anos. Não há informações atualizadas sobre o estado de saúde delas. O criminoso foi preso em flagrante.

Além de Luana, morreu o jovem Pedro Henrique Dias Soares, de 28 anos. A mãe do rapaz, de 47 anos, e uma prima dele, de 40, foram atingidas mas sobreviveram. Pedro foi atingido no abdômen e no ombro. Ele chegou a ser socorrido para o Hospital Pronto-Socorro João XXIII, mas não resistiu aos ferimentos. A mãe do jovem foi atingida com dois tiros na perna e está internada, no mesmo centro médico. A prima também foi baleada na perna, mas passa bem. 

Em depoimento à polícia, o suspeito, que confessou os crimes, afirmou que passou o dia da eleição bebendo e, em dado momento,  ficou “desorientado”, pegou armas e saiu caminhando pelo bairro, disparando contra pessoas que comemoravam a vitória de Lula (PT). 

O suspeito segue preso e a Polícia Civil informou que está investigando a “motivação” para os crimes e que só dará mais detalhes após a conclusão do inquérito. 

Com informações do jornal O Tempo.

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