Terceirização não apenas precariza condições de trabalho e atendimento, como também é prato cheio para a corrupção

Enquanto os trabalhadores se mobilizam para defender o serviço público, o prefeito Topázio Neto (PSD) bota as garras de fora e revela seu plano: repassar a administração das duas UPAs, do CAPS e do novo Hospital Dia para as mãos de organizações sociais (O.S.), além de mais uma reforma administrativa anunciada hoje na imprensa, que cria uma fundação para retirar a educação especial da Secretaria de Educação e abrir as portas do setor para a terceirização.

A terceirização não apenas precariza as condições de trabalho e o atendimento à cidade, como também é prato cheio para a corrupção. Não são poucos os casos de escândalos revelados Brasil afora envolvendo políticos e empresários de organizações sociais.

Aqui mesmo, em Florianópolis, o Sintrasem provou em 2019 que uma das O.S. contratadas pelo ex-prefeito Gean Loureiro (UB) era, na verdade, uma empresa laranja que havia, inclusive, mentido em documentos e forjado assinaturas.

Hoje, Topázio ignora a experiência fracassada de seu antecessor e ressuscita o projeto para agradar seus amigos do grande empresariado.

Até o dia 1º de junho, a PMF deve ainda enviar uma reforma para Câmara, criawndo a Fundação de Educação Especial, pavimentando o caminho para terceirizar a educação especial do município.

UPA CONTINENTE É PROVA QUE TERCEIRIZAÇÃO NÃO FUNCIONA

Desde a inauguração da UPA Continente, em 2019, a administração é feita por uma organização social de saúde (OSS) chamada Associação Mahatma Gandhi.

Propagandeada pela prefeitura como um “case de sucesso”, a UPA até hoje não garante grande parte dos serviços oferecidos pelas UPAs Norte e Sul. Não há Raio-x, não há farmácia no local e faltam diversos especialistas.

O resultado é que parte considerável dos pacientes que procuram a UPA Continente acabam sendo encaminhados para os Centros de Saúde – estes, sim, públicos –, já sobrecarregados com a demanda.

Pouco tempo após o fim da pandemia da Covid-19 ser decretado, Topázio mostra sua “gratidão” com os trabalhadores da saúde atacando o serviço público e vendendo um setor tão importante para a cidade para a máfia das O.S., além de negar na mesa de negociação da Data-base o pagamento do piso salarial da enfermagem.

Os trabalhadores não vão aceitar esta chacota com o serviço público. A categoria aprovou estado de greve na última assembleia para exigir investimentos – mas o governo debocha da cidade ao defender este projeto privatista que apenas trará prejuízos para todos os moradores de Florianópolis.

FORA O.S.!

O SUS É DO POVO!

TIREM AS MÃOS DA SAÚDE PÚBLICA!

fonte:SINTRASEM