Os servidores municipais de Criciúma deliberaram por entrar em estado de greve a partir desta quarta-feira (17) e por dia de paralisação na próxima segunda-feira (22) como forma de pressionar o prefeito Clésio Salvaro (PSDB) contra as medidas que a prefeitura está adotando e que atacam diretamente os direitos dos trabalhadores(as) que atuam no serviço público do município. A decisão foi aprovada por unanimidade durante uma assembleia na noite desta terça-feira (16). 

Os servidores reivindicam a reposição da inflação acumulada desde 2019, que representa atualmente uma perda salarial de 14,61%. O prefeito, no entanto, está oferecendo apenas 4,36%, mantendo assim uma perda de 10,25%. Por conta disso, em determinados casos, algumas categorias poderão receber menos que um salário mínimo entre janeiro e abril do ano que vem, período em que anualmente ocorre a data-base.

O governo municipal de Criciúma também quer mexer na carreira dos profissionais do magistério. Atualmente, os professores com graduação recebem 20% a mais do que aqueles com nível médio – magistério. Conforme projeto de Lei apresentado pelo prefeito, esse percentual seria reduzido para 5%. A justificativa vergonhosa da administração é de que se faz necessário reduzir o salário de quem tem graduação, pós-graduação e mestrado para possibilitar o pagamento do piso da categoria.

A ideia é nesses próximos dias, até sexta-feira tentar uma abertura para negociação. “Continuamos na luta e principalmente tentar o diálogo, a abertura com o governo, secretários para que essa proposta avance e que a gente não precise fazer um dia de paralisação, que segunda-feira o projeto seja diferente do que está”, afirmou a presidente do Siserp, Jucélia Vargas.

Havia uma expectativa de que o projeto que trata do reajuste salarial dos servidores, encaminhado pelo Executivo ao Legislativo, entrasse na pauta dessa terça-feira (16) para a votação, mas isso não ocorreu. Conforme já relatado pela presidente do Siserp, o projeto não passou pela apreciação e negociação com o sindicato, tendo sido encaminhado diretamente aos vereadores, e agora tramita pelas comissões. 

fonte:CUT/SC –Escrito por: Com informações de Siserp e Fetram
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